terça-feira, 1 de abril de 2008

Tears


Gosto de andar de mota, gosto de sentir a vulnerabilidade física, gosto de me sentir dentro de mim. Gosto quando saio por aí sem destino nenhum, sozinho, entregue a mim mesmo. O sentir o trilho, sentir os meus medos, ao inicio, o modo como os reflexos vão, aos poucos, acordando e como vou andando sempre cada vez mais depressa, sempre mais depressa. De vez em quando a coisa acaba mal, com uma ou outra "escorregadela", um ou outro arranhão... mas o vicio e a embriagues da velocidade são sempre mais fortes. O sentir-me capaz de negociar de improviso cada obstáculo, subir rampas cada vez mais íngremes. Desde pequeno é algo que me coloca a cabeça no lugar e agora é algo que preciso muito.

Não sei o que fazer da MINHA vida, sei que preciso de alguma coisa, não sei bem do quê, já não é de um time-out, é mais de sentir algum controle sobre o meu destino, ter as minhas escolhas, ter coragem para as fazer, estão à porta, eu só tenho de ter a coragem, ou a força, para as tomar. É como andar de mota... no inicio à sempre insegurança, mas depois corre tudo bem

1 comentário:

Rita. disse...

Nao serve de consolo, mas eu tambem nao sei muito bem o que fazer da minha... e acredito que a maior parte dos outros seres humanos que andam por este mundo, tambem nao sabem. Curiosamente nao e por isso que deixamos de sentir felicidade , porque a vida e um dia a seguir ao outro e porque muitas certezas nao deixam espacos para surpresas, e como escreves... no fim corre tudo bem.
Obrigada pela visita :)