sábado, 31 de maio de 2008

An island far away

Três anos cinco meses e quatorze dias foi o tempo que estive à frente da minha equipa. Nunca pensei que este trabalho, ou outro, me fizesse ser uma pessoa tão diferente, mas fez. Passei, durante esse tempo, por uma viagem interna enorme e hoje, quando olho para trás, sinto-me, mais uma vez, outro.
No meio das despedidas de sexta-feira quase tive pena de ter tido os tomates para mandar tudo à merda e seguir em frente, mas estás feito, as coisas são o que são. Sou complexo, de sangue quente, gosto do cheiro da polvora, de uma boa briga, gosto de saber que sou o ultimo a perder a calma... mas quando a paciência se me acaba, acaba mesmo. Aos olhos de quem me vê de fora sou... estranho, na sexta vi isso nos olhos de muita gente, nos que me odiaram e nos que me foram de uma lealdade a toda a prova. Às vezes, por breves instantes, consegue-se ver com alguma claridade o quem somos aos olhos das outras pessoas e consegue ser ainda mais enigmático do que quando nos olhamos ao espelho.
Quarta feira começa uma vida nova nos Açores, vamos ver o quanto há de novo...

terça-feira, 27 de maio de 2008

Left turn ahead


Para já não é a selva, para já são as ilhas e é nas ilhas que me sinto reduzido à minha essência. Que sinto que posso baixar a guarda, ser eu. Muitas da vezes que lá estive foi sozinho e de cada uma das vezes foram momentos determinantes na minha vida. A recuperação, se é que assim se pode dizer, da morte do meu pai foi das mais importantes, voltei de lá forte.
É para lá que vou durante dois ou três meses, para provar a mim que ainda sou capaz, que ainda sou eu, que sou capaz de ser melhor do que sinto que sou. Que ainda sou capaz de ser EU apesar de tudo, apesar de todos.
Estou contente e os próximos meses prometem, vou estar nos Açores, em S. Miguel e comigo vão estar pessoas que gosto e que admiro. Vai ser bom, preciso que seja bom e assim vai ser.
Vou com espaço no meu coração, que faz com que se afaste lenta mas inexoravelmente do da M, não vale a pena lutar, isso ja fiz, agora é esperar... quem será que cede primeiro? também não interessa muito, como sempre digo... as coisas são o que são.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Me




You Are Italian Food



Comforting yet overwhelming.

People love you, but sometimes you're just too much.

What Kind of Food Are You?

Estes testes parecem sempre muito basicos, no entanto o resultado... that's me

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Into the jungle

O que fará alguém como eu, aparentemente normal, aparentemente sociável, estar tão entusiasmado com a possibilidade de ir trabalhar para o meio da selva uns bons 500km de algum lugar minimamente civilizado e a 6000 km de casa? sendo que dinheiro não é o que me move.
Às vezes ponho-me a pensar nestas coisas, no como sou e quem sou, sobre o que me fez/faz ser assim. Nunca chego a grande conclusão, fico-me sempre pelo "sou assim, nada a fazer" mas se calhar era mais saudável não ser assim...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

The Boss

Noutro dia de manha...

Gilocas: Pápá colinhos colinhos
Eu: Já vai já vai
Gilocas: Pápá cooooolinhos

Pego-lhe ao colo e ele, já no colo, diz:

Papá colinhos e não há (d)escussão

Isto assim percebe-se quem realmente manda lá em casa...

terça-feira, 13 de maio de 2008

That Night, A Forest Grew


Só me apetece dizer asneiras, raio de m... mas fazer o quê ? não vale a pena, estou de partida. Depois de 3 anos saio "deste" trabalho com um travo amargo de não ter conseguído algumas coisas, mas enfim é a vida. Saio contrariado, mas saio e isso é bem claro. Pesem embora todas as manifestações de apoio é inevitável. Depois de apresentar a carta de demissão já não há volta.
De repente todos os problemas, que me apoquentaram, estão a ser resolvidos como que por milagre... e vão-me dizendo que daqui a nada já não tenho motivos para sair, que já tenho as MINHAS condições, é tarde demais.
As noites são agitadas, o sono é leve e penso muito. Penso nas opções que vou tomar e... se calhar ainda vou dar à um salto às minhas ilhas favoritas, seria bom... seria muito bom

domingo, 11 de maio de 2008

Waiting to Exhale


A semana começou com promessas de mudança, uma entrevista logo na segunda-feira para Angola que acabou por, providencialmente, se remarcada para terça de manhã.
Nessa mesma segunda feira tive uma conversa com o meu chefe, nela deixou claro que os aumentos da "minha" equipa não iam acontecer, entre outras coisas. Nunca nos demos bem e suponho que terá a maneira que encontrou de me mostrar que existia uma porta de saída. Penso que nunca lhe poderia ter passado pela cabeça é que tinha uma entrevista no dia seguinte, na qual puseram um grande esforço para me contratar.
No dia seguinte anunciei que me iria embora. O que se seguiu foi, e está a ser, muito interessante, já recebi mais propostas de trabalho, nenhuma fantástica mas todas interessantes.
Vivo uns tempos confusos dentro da minha cabeça. Estou de partida, não sei bem para onde, não sei bem o que farei a seguir nem com quem.
Os instantes finais uma batalha, que começou faz pouco mais de três anos, estão a chegar. Não consigo perceber se ganhei ou perdi, as coisas ainda estão muito quentes, só o tempo o dirá.
Na próxima semana terei de escolher um novo caminho e será um novo recomeço.