sábado, 25 de fevereiro de 2012

Any given day in the desert



Um dia destes, em Maio, fui para Marrocos. Enfiei a tralha toda no carro e preparei a mota o melhor que pude e sei. Quanto a mim não houve grande tempo para me preparar, com peso a mais (corpo e cabeça) e sem conhecer ninguém meti-me ao caminho.
A prova era um raid de orientação, 2500km de deserto em 7 dias, com outros tantos km para chegar a Agadir, cheguei a dizer que deixei o mapa de Marrocos em casa? Por alturas do algarve apanhei um conhecido/desconhecido, que conheci na net, e lá fomos nós.
Não vou descrever os dias que passei, como me perdi, como que por milagre só dei uma queda, como as paisagens foram todas, de uma forma ou de outra, incriveis e indescritiveis. Como se fazem amigos, mas daqueles amigos à seria. Enfim, como o deserto desafia qualquer ideia que se tenha dele, só lá indo é que se percebe.
Amei e odiei aquilo tudo com muita intensidade, cada km, o calor, o frio, a chuva e o pó. Mal posso esperar pela volta.
Como se passou eu não sei ainda muito bem, ainda penso nisso, mas a verdade é que quem entrou e quem saiu não são a mesma pessoa.
Mas ainda sou eu.