terça-feira, 1 de abril de 2014

On the beach

Mais uma vez, desde que me lembro,  as motas e as corridas sempre foram parte de mim. Sempre fui eu por causa disto que me corre nas veias.
Poucas vezes me fez feliz, quando fez foi bom.
Nunca deixei pedra por virar,  dei sempre tudo, custa me que tenha sido tudo por nada... misplaced.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Bite the bullet


Desaprendi de viajar, impresionante como os ultimos 6 meses voaram...
Estou de volta a estrada, não sei bem o que faço aqui nem para onde vou, sei que estou de volta a estrada. Trabalho é trabalho e queixar-me nesta altura era, como dizer, parvo.
Levantar a cabeça, olha em frente, e seguir. Um passo de cada vez, algo chegara certamente, hoje não vejo bem o que isto não me faz sentido nenhum, nem pelo dinheiro.
A vida é preciosa e não volta atrás.


terça-feira, 29 de maio de 2012

Life outside the confort zone


Motas são regra geral coisas barulhetas. Não são meros meios de transporte, são objectos de paixão, feitas com paixão, desenvolvidas para andar rapido. Sempre mais rápido. Sempre no fio da navalha.
São seres temperamentais, muito sensiveis, que tanto nos levam longe, a lugares impossiveis, como nos atiram ao chão com a mesma facilidade. Muito femininas.
Com a minha Kawa já atravessei desertos, montanhas, tempestades e calor insuportavel. Ja fiz amigos em lugares muito longe, partilhei cerveja no meio de lado nenhum, colas em lagos secos. Já caí, sem pensar como me iria levantar, passei frio e até fome.
Visto de fora é tudo violento, perigoso, barulhento, visto como bravata e coisa de gente doida.
No entanto, o mais ironico, o mais engraçado, é que é no meio dessa tempestade, e dentro do capaçete que o mundo me parece mais calmo e até silencioso.
Sinto falta da calma e do silencio.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Any given day in the desert



Um dia destes, em Maio, fui para Marrocos. Enfiei a tralha toda no carro e preparei a mota o melhor que pude e sei. Quanto a mim não houve grande tempo para me preparar, com peso a mais (corpo e cabeça) e sem conhecer ninguém meti-me ao caminho.
A prova era um raid de orientação, 2500km de deserto em 7 dias, com outros tantos km para chegar a Agadir, cheguei a dizer que deixei o mapa de Marrocos em casa? Por alturas do algarve apanhei um conhecido/desconhecido, que conheci na net, e lá fomos nós.
Não vou descrever os dias que passei, como me perdi, como que por milagre só dei uma queda, como as paisagens foram todas, de uma forma ou de outra, incriveis e indescritiveis. Como se fazem amigos, mas daqueles amigos à seria. Enfim, como o deserto desafia qualquer ideia que se tenha dele, só lá indo é que se percebe.
Amei e odiei aquilo tudo com muita intensidade, cada km, o calor, o frio, a chuva e o pó. Mal posso esperar pela volta.
Como se passou eu não sei ainda muito bem, ainda penso nisso, mas a verdade é que quem entrou e quem saiu não são a mesma pessoa.
Mas ainda sou eu.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

terça-feira, 30 de novembro de 2010

So, I survived


O que faz alguém no seu perfeito juízo (ou talvez não) sair de casa, de perto de uma lareira quentinha, de perto de 3 filhotes energéticos e alegres e de junto de um sorriso que ilumina o caminho e ir-se enfiar no Alentejo, em pleno inverno, no meio de uma borrasca??!?
Eu não sou a pessoa certa para responder, mas se alguém souber esteja a vontade para partilhar.
A dureza foi imensa e nunca, e eu já me enfiei em alhadas bem complicadas, nunca foi tão extrema. Nunca eu caí tantas vezes. Nem que juntasse todas as vezes que caí na vida chegava perto do numero daquele sábado.
Nunca soube o que era cair a saber que as forças já não eram suficientes para me levantar, mas levantei-me sempre, nunca senti um caminho tão longo, nunca odiei tanto algo em que me tivesse metido.
Nos olhos do filhão mais velho vi o momento em que me olhou, com olhos de ver. Ali era a serio, e as coisas não estavam famosas, muita gente desistia, agarrados a isto ou aquilo, ficavam-se. O que eu lhe digo, sempre, é que nunca se desiste... e ele perguntou-me se eu ia desistir.
"Não filhote, vemo-nos a chegada"
Assim foi, 9 horas para fazer 400km, 52 e ultimo dos que sobreviveram. Partiram 81.

Sobrevivi.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Update ao "A day in the dust"

Ao que parece o "dust" vai transformar-se em lama, o que, como toda a gente sabe é optimo para a pele...
Então não é que vem aí uma tempestade??!?
A ver como corre com muita àgua, o ano passado teve muito pó, este ano ao que parece muita chuva... era fixe uma prova "normal", sem chuva ou pó em demasia .
Já sabem, se não aparecer nas noticias é porque não deve ter corrido mal.