segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Hoje


Hoje é segunda, e já se sabe que não é um bom dia, mas hoje tá a ser pior que o costume...

Em resumo não me sinto bem, uma escapadinha aqui era bem capaz de ajudar

Sinto falta do calor e do barco, embora esteja aqui ao lado no quintal... não é bem a mesma coisa.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Next...


Holanda, ou melhor... Naarden tá despachado, já não volto mais. Foi giro e tal, tenho "mixed feelings" sobre a Holanda e o Holandeses/as. Mas tá feito, acabou.

A seguir, em cima da mesa, temos NY, um buraco perdido algures no Mexico e talvez Barcelona... Africa do Sul também é hipoteses e não era mau por causa do mundial, sempre podia ir chamar uns nomes aos "nossos" (isso de apoiar...) enfim, logo se vê. Até lá disfruto... do melhor que a vida tem, a familia, penso no proximo disparate e faço ideias de vir aqui mais vezes que já tenho saudades.

Esta semana saem as fotos da corrida, já tão escolhidas mas ainda não arranjei o slideshow...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

The Race

Como nota previa, o post é comprido... as fotos tão a ser preparadas

O Portalegre, por se assemelhar a um etapa do Dakar, sempre foi a corrida que quis fazer. Se fosse só uma seria esta, de modo que quando me deu na veneta fazer algo foi a escolha natural.
Nunca tendo feito nenhuma corrida tudo nisto foi um processo de aprendizagem, quase 100% autodidata, se “tirarmos” duas aulas com o Bernardo Villar, vi tudo na net, revistas, tv... tudo serviu para aprender. Perdi peso (20kg), treinei durante o verão com calor, afinei e experimentei carradas de coisas...

No mês anterior só pude treinar o fisico, e mesmo assim.... foi com autodisciplina, vim para a Holanda e a mota foi para a revisão, esta parte foi do pior, ter de trabalhar longas horas super concentrado e não pensar muito no sonho, não ir a oficina ver, acompanhar e, sobretudo, não andar nela durante aquele mês e não “testar” as alterações.
Mas tudo foi feito e na quarta-feira antes da prova aterrei em Lisboa, cansado, stressado, com a adrenalina ao máximo.
Quinta de manhã a abrir a festa, o primeiro stress, assim que moto sai da oficina, ainda no asfalto noto comportamento muito diferente, pedi para sero montada uma “mousse” antifuros nos pneus, que eram novos, o que fez com que ficassem excessivmente duros... mesmo com os cuidados da praxe; tunga... uma queda mesmo a chegar a casa. Apesar de muito devagar deu para partir um apoio da manete da embraiagem, NUNCA parti uma na vida, sempre parti a manete do travão, nunca aquela porcaria, alias a manete não partiu, quem partiu foi o apoio daquela gaita. Como gajo prevenido tinha um de reserva mas fiquei sem suplente e com o ego muito amolgado. Ainda não tinha começado e já tinha partido a mota... bonito servico. Lá consegui cravar um igual na oficina para suplente e lá me fiz ao caminho.
Primeiro km a caminho de Portalgre primeiro furo no atrelado... isto estava a correr bem. Resolvido o assunto telefono a uma amigo que me diz que não posso chegar depois das 2 da tarde... por causa da acreditação e mais bla bla bla. Resultado, fui a abrir ate Portalgre autoestrada fora.
A chegada a Portalegre, como é obvia só podia ser em estilo, assim que passa a placa que diz “Portalegre”, a seguir a rotunda, POFFF mais um pneu do atrelado que rebenta em grande estilo, vejo a mota dar um salto no atrelado e quase se parte tudo. Mas não partiu e lá fui eu em cima da jante, a saltar faiscas e com tudo a olhar, à procura do secretariado que não fazia puto de ideia onde era.

Passo seguinte, verificacões tecnicas e afins... podia dizer uma carrada de coisas sobre essa parte. Essencialmente tive de comprar um “tapete ecologico” especial de corrida para por a mota nos reabastecimentos (mais 25 €) e depois de gastar uma pequena fortuna nos pneus havia sérias duvidas se me deixariam partir para a prova por os pneus não serem ecologicamente certificados. Isto, além de me deixar os nervos a flor da pele, só ficou decidido lá pelas 11 da noite, altura em parti em busca do Turismo rural no Crato... que foi outra odisseia. Deitei-me tarde e a ferver, acordei as 5h30 e ala para a proxima etapa, o prólogo.

Nesta altura já tinha alguém para dar assistencia, o Zeto lá estava, como sempre, a dar apoio. A primeira coisa que me disse foi algo como “nao tas lá muito fresco...”, e lá fomos ver onde era o prólogo, deu para acalmar e preparar as coisas. No dia anterior toda a gente tinha feito o reconhecimento do prologo, a pé ou de scooter, para saber ao que ia, eu não tive tempo, mas como a ideia era terminar não fazia grande diferença...
Na partida, toda aquela emoção do começo rapidamente desapareceu, e logo na primeira curva ia partindo a loiça toda, só por milagre ou sorte (eu por acaso gosto de pensar que foi por causa do meu extraordinario talento...) não aconteceu nada. A mota estava radicalmente diferente na qual tinha treinado... os pneus faziam muito mais diferença do que previ e os “settings” da suspenção tavam todos mal. Não dava para deitar a mota nas curvas porque saia demasiado de frente... o se dava gas atravessava-se, fiz o resto do caminho com calma e não parti mais nada. O tempo que foi dos ultimos e assim no dia seguinte parti demasiado atrás... e no pó.
O resto do dia foi gasto a preparar o sábado e a ver um pouco os carros a andar, nessa altura senti-me cansado, pensei mesmo que seria um calvario o dia seguinte...
Durante a tarde chegaram os meus pequenos, com a Marta e a Fatima, durante a noite o meu irmão que tinha voado nesse mesmo dia de Amsterdão... o Rui chegaria na manhã seguinte.
Quando o sol nasceu no sábado eu já estava no parque de assistencia a preparar tudo para que pudesse passar a pasta à entourage. Depois de dar as indicações ao eng chefe (o mano) lá fui eu buscar a moto ao parque.
Durante a noite pensei no que podia mudar na moto de modo a tornar as coisas mais confortaveis, já depois do prólogo tinha feito algumas, de modo a tornar a montada mais guiavel e voltei a mexer antes da corrida, consegui compensar um pouco a dureza dos pneus, não tava nenhuma maravilha, mas menos sabia que não furava.
A partida foi normal, parecia uma filme, o relogio em contagem regressiva, o sinal de partida e gááás... lá fomos nós.
Os primeiros km foram feitos devagar, depois de tudo o que li, e ouvi, sabia que a corrida começava do meio para lá. Fui passado por algumas motos mas à medida que fui ganhando confiança fui aumentando o ritmo e comecei a passar algumas das que me tinham passado.
Apareceram os primeiros acidentes, colegas estendidos, sempre lembretes sérios do que pode acontecer quando as coisas correm mal. Fui passando mais algumas motos a certa altura achei que já estava a passar gente a mais e abrandei um pouco e comecei a ser apanhado pelas moto4.
O piso estava muito seco e o pó que levantavam era mais que muito, cada vez que que uma passava deixava de ver a estrada, até que houve uma que me passou, à saida de uma curva que antecedia uma descida esburacada (do que me lembro) o pó foi tanto que tentei levantar-me na moto para ver melhor e absorver melhor algum buraco. Nem vi o que aconteceu. Só me senti ser catapultado com toda a força para o chão. No principio não conseguia respirar, a pancada foi enorme, 3 semanas depois ainda me doi o peito/costoletas. Quando consegui respirar a dor pelo corpo era tanta que só conseguia berrar... comecaram a chegar motos, só ouvia tas bem ? tas bem? Eu cá continuava no berreiro. Até que alguém disse "aguenta que vamos chamar a ambulancia".
Nesta altura acendeu-se a luz, ambulancia? Desistir? Isso é que não!!!! Só me ocorreram asneiras, disse umas quantas ca... asneiradas. O pessoal percebeu e ajudou-me a levantar, levantou-me a moto e toca a andar. Gostaria de agradeder a todo o pessoal, que faço a minima ideia de quem sejam, a ajuda...
Na moto faltava a manete do travão e algumas ferramentas tinham saltado durante a queda de modo que não consegui montar a suplente, tive de fazer mais uns km sem travão da frente até que me ajudaram a montar a dita. O guiador estava dobrado como nunca vi igual.
Daí para a frente foi sempre a andar... caí mais uma vez, pelo mesmo motivo (uma moto4 tocou a roda da frente numa curva) mas foi sempre a crescer, sempre a abrir.
A assistencia, sempre profissional, portou-se impecavelmente... sempre tudo pronto, muitos miudos a fazer de claque. A Marta a fazer-me comer as coisas certas... a ralhar que não tinha bebido o suficiente naquela etapa, que o camelback tava cheio. O mano a dar as indicações para o troço seguinte, para ter cuidado... O Rui de olho na mota e a colar bocados, o Zeto a lubrificar a corrente a cada paragem, a gasolina. Foi tudo perfeito.
O cansaço dos primeiros km foi dando lugar a uma frescura inusitada, a uma maior concentração... sempre sem fazer erros, não ia depressa, já tinha partido muitas das pecas suplentes, e o guiador estava muito dobrado, mas disfrutei. Disfrutei de cada metro daquelas 7 horas... soube bem, gostei, adorei aquilo tudo e no fim estava preparado para mais km.
Gostei de ir pela pista fora, estrada aberta, sem limites sem ser o meus.É algo que é dificil de definir e que cada uma valoriza à sua maneira, eu cá gosto e não há muito mais a por em palavras, só no mar é que sinto esta liberdade.... mas isso é outra historia.
A todos os que lá foram ajudar... obrigado, por tudo, por lá terem estado, pelo apoio e pela amizade. Como alguém que as vezes por aqui passa escreve "Friends dont let friends do stupid things... alone".
Fomos todos putos outra vez....
Para o ano... vou fazer por estar de volta. Aceitam-se inscrições para o team, alguém interessado?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

WTF

De Portalegre aqui (Holanda) foi um instante. O projecto esta nos finalmente, já se fazem jantares de despedida, trocam-se presentes e anda tudo, ou quase, bem disposto.
Ontem lá me baldei a uma jantarada de um dos departamentos o que deu direito uma quantidade enorme de protestos pela manhã.... hoje não me vou poder escapar. Correram com as consultoras, vão só os consultores, para o redlight.... à pala da empresa, aprovado pelo grande chefe que para dar o aval só pediu para excluir as senhoras que por sua vez acharam um piadão. Não explicam nada do programa das festas só se riem.
Porque é que não estou contente com isto? Porque primeiro vai tudo, ou quase, dar a sola no máximo até à semana que vem, excepto o sr das limpezas (eu mesmo) que leva com mais duas semanas desta caca que se dana. Depois é do dominio publico que com o meu famoso ar “saudavel” e bem disposto afasta as meninas mais depressa que a falta de dinheiro (não que esteja interessado mas sempre amolga o ego...).
Além disto o pequeno mais velho saiu das aulas a meio porque tava com dor de cabeça (muito estranho) e uma pessoa fica aqui a esta distancia sem poder fazer nada, numa bruta ansiedade... %&£sssee.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Item 146 (done)


Consegui terminar os 375 km, não fui o ultimo... adorei cada segundo desde que a corrida começou no sábado. Tudo antes foi uma luta porca até começar, mas comecei... e terminei, pelo meio ia morrendo (depois conto melhor).

Na verdade achei que ia ser muito mais duro que foi, ou melhor, as partes que achava que iam ser duras foram de um prazer dificil de definir. Foram picos de emoção de um extremo ao outro, foi tudo o que esperava, mas mais intenso... emocionalmente esgotou tudo o que tinha cá dentro.

Gosto daquilo...

Daqui a umas horas detalho melhor isto tudo, agora tenho de trabalhar...