sábado, 31 de maio de 2008

An island far away

Três anos cinco meses e quatorze dias foi o tempo que estive à frente da minha equipa. Nunca pensei que este trabalho, ou outro, me fizesse ser uma pessoa tão diferente, mas fez. Passei, durante esse tempo, por uma viagem interna enorme e hoje, quando olho para trás, sinto-me, mais uma vez, outro.
No meio das despedidas de sexta-feira quase tive pena de ter tido os tomates para mandar tudo à merda e seguir em frente, mas estás feito, as coisas são o que são. Sou complexo, de sangue quente, gosto do cheiro da polvora, de uma boa briga, gosto de saber que sou o ultimo a perder a calma... mas quando a paciência se me acaba, acaba mesmo. Aos olhos de quem me vê de fora sou... estranho, na sexta vi isso nos olhos de muita gente, nos que me odiaram e nos que me foram de uma lealdade a toda a prova. Às vezes, por breves instantes, consegue-se ver com alguma claridade o quem somos aos olhos das outras pessoas e consegue ser ainda mais enigmático do que quando nos olhamos ao espelho.
Quarta feira começa uma vida nova nos Açores, vamos ver o quanto há de novo...

2 comentários:

Maria Manuela disse...

Eu adoro os Açores...mas aquilo no Inverno é assim um bocadinho agreste....

Desejo-te o melhor...

bj

Rita. disse...

Ás vezes os olhos dos outros veem o que nem nós conseguimos ver... e todas as experiências, boas ou más, nos dão alguma coisa.. são as "verdades" do bom senso, mas que nem por isso deixam de ser menos "verdades"...

Felicidades, muitas.