sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A hora das bestas


Na selva as horas do incio e fim do dia são complicadas, são as horas em que a bicharada se ferra toda à porrada. Mordem-se, comem-se e em suma fazem mal uns aos outros. É a ordem natural das coisas, sempre foi assim ao longo dos tempos.
Seria de esperar que o homem depois de todo “polimento” evolutivo que sofreu fosse mais ou menos imune a este ciclo horario, mas a verdade verdadinha é que não, e onde se vê isso melhor é no transito. Basta qualquer pai de familia recatado, ou não, senhora bem posta, velhinha inocente etc entrar no seu carro para se transformar numa besta primordial prestes a lutar, como se não houvesse amanhã, pelo seu preciso lugar na fila de idiotas que , forçosamente, vai negar a entrada na fila de alguem como se a própria vida dependesse desses poucos metros que custa ser simpatico/a com um desconhecido/a. Nessas alturas não há educação que valha, chamam-se nomes a torto e direito, e a animalidade latente vem toda à superficie, e a estrada é um campo de batalha onde vale tudo atras do volante.
Da mesma forma repentina como começa a “hora das bestas” ela acaba, e quando estacionam e abandonam os carros as pessoas (se é que assim se lhes pode chamar) voltam a tornar-se nos seres pacatos, ordeiros e bem educados que eram antes, isto como que por milagre.
Onde quero chegar com tudo isto? Que não muito lá no fundo a besta sobrevive... e depois gostava de prestar aqui uma agradecimento publico, dado que isto é uma chafarica muito lida, à rapariga que hoje de manhã teve a gentileza de me deixar entrar na fila perto do Campo das Cebolas por volta das 8h45, o meu MUITO e MUITO OBRIGADO pela gentileza e por me ter feito acreditar que isto não é tudo uma cambada de gente estupida.

2 comentários:

Pearl disse...

Bem por aqui tambem não é diferente!!

beijinho

Maria Manuela disse...

É por essas e outras que eu detesto conduzir...

:)