domingo, 27 de junho de 2010

The rearview

Estar num quarto de hotel perdido no meio de lado nenhum, sem colegas ou gente conhecida, sozinho, dá-me o espaço para olhar para em volta. Tenho uma put@ de uma pontaria para ver o que não quero.
A alguns anos atrás, quando dei um assunto por encerrado, ficou claro para mim que as coisas são o que são. Os maratonistas chamam-lhe a parede, definida como algo invisivel, inultrapassavel, que por muita força que se tenha, quando encontrada, impede ir mais além. É junto dessa parede que se pára, desiste, é onde terminam muitas viagens. Se levantar os olhos sei que a vou ver.
O que disse nesse dia prende-me a um destino. E o que me passa a frente dos olhos nesta altura é o que defini como a linha a qual não ia passar. Agora senti-lhe a presença, num olhar reconheci um caminho, no qual tenho a certeza que não vou entrar, e ao qual basta ver que esta lá para não querer saber de mais nada.
Os tempos são diferentes, uma calma estranha percorre-me o corpo, como se conseguisse ver a parede. A vontade de mandar a parede abaixo, contudo, foi-se.
Estou só cansado de lutar?
Não sei bem.
Certo é que me sabe bem este lugar agora.

E agora? Agora não sei... na verdade nunca se sabe.

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